A solidariedade vale a pena
Sindicato dos Professores do Norte / FENPROF |
Safya absolvida - a solidariedade vale a pena
Sentença de morte Apesar de ser divorciada, Saffya Husaini não escapou à condenação por adultério. A lei islâmica (Sharia) que vigora no Estado de Sokoto, no norte da Nigéria, não permite a gravidez fora do casamento, nem mesmo para uma divorciada. Saffya foi julgada e condenada à morte por apedrejamento em Outubro de 2001. Saffya Husaini foi violada pelo ex-marido e engravidou - a sua filha Adama nasceu em Fevereiro de 2001. O indivíduo confessou o crime a três polícias, mas a lei islâmica exige quatro testemunhas para um caso de violação. Presidente receia intervir A administração nigeriana considerou entretanto que a Sharia é inconstitucional - esta lei islâmica vigora em 12 dos 18 Estados do norte do país. Num comunicado, o ministro nigeriano da Justiça, Kanu Agabi, referiu que a Sharia "viola os compromissos constitucionais de respeito pelos direitos de não discriminação em função do sexo ou religião" . O presidente Olusegun Obasanjo [cristão] mostrou-se desconfortável com o castigo islâmico, mas não quer desafiar a Sharia sob pena de parecer anti-muçulmano. Num país onde a violência religiosa é comum, Obasanjo teme que a sua intervenção tenha um efeito destabilizador. |