MEC: uma mão cheia de nada e outra de coisa nenhuma...

"A luta voltou a sentar à mesa das negociações quem a tinha abandonado, mas não trouxeram quaisquer propostas... Parece que não têm nada a dizer. O que o MEC propôs foi zero!... Encontrámos aqui uma parede..."

Foi assim que o Secretário geral da FENPROF caracterizou a postura do Ministério na reunião realizada esta tarde, em Lisboa, com uma delegação da FENPROF.

Abordado por uma vasta equipa de jornalistas à saída da reunião, nas instalações da 5 de Outubro, Mário Nogueira sublinhou que "o MEC não fez um único esforço para avançar propostas diferentes das que apresentou no passado dia 6", as quais, que, como se sabe, apontam para um ataque frontal aos professores com a mobilidade especial, a mobilidade geográfica e o aumento do horário de trabalho.

Diretores são professores e têm
todo o direito de fazer greve


O dirigente sindical condeniou as pressões que o MEC está fazer sobre as escolas e nomeadamente sobre os diretores, que também  "são professores e têm todo o direito de fazer greve no próximo dia 17".

Quem se pôe em bicos de pés para dirigir ameças que afrontam a lei da greve está a cometer uma ilegalidade. Mário Nogueira lembrou uma vez mais que não há serviços mínimos e que a melhor resposta  dar ao MEC é uma greve a 100 por cento na próxima segunda-feira e uma grande manifestação amanhã, a partir das 15h00, no Marquês.

Recorde-se, entretanto, que nos dias 18 e 19 de junho será divulgado nas escolas um breve questionário, para perceber a sensibilidade e a disponibilidade dos docentes face à continuação da luta. Depois no dia 20 serão realizados plenários em todas as capitais de distrito, para reforçar esse apuramento. Dia 21, as organizações sindicais voltarão a reunir, para analisar a situação e tomar medidas, à luz das grandes  linhas de força que saírem das respostas ao referido questionário e dos plenários regionais. / JPO

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