2017 - Tomada de posse

Amarante, 10 de junho de 2017

Cinema Teixeira de Pascoaes

Durante a tomada de posse, reuniram os Corpos Gerentes do Sindicato que elegeram, por voto secreto,

Manuela Mendonça para coordenar o Sindicato.

Resultado: 112 votos favoráveis e 5 abstenções.


JUNTOS PARA UM SINDICATO + FORTE

(Extratos do discurso de Manuela Mendonça)

A lista “Juntos para um SPN mais forte” resultou de um grande esforço de convergência, pondo fim a um período de nove anos de listas separadas. A unidade, que soubemos construir acreditando que era esse o interesse do SPN, tem agora de se fortalecer e consolidar. Estou convicta de que o tempo e sobretudo o trabalho feito em conjunto vão ajudar a superar desconfianças e a reforçar a coesão e a aumentar a capacidade de trabalho da direção, aos vários níveis. Mas isso vai exigir a participação de todos e de cada um – uma participação empenhada, crítica, solidária e comprometida com o SPN e as suas causas.

Do programa da lista, destaco, ao nível dos princípios, a assunção de um sindicalismo combativo que não dissocia as questões do estatuto laboral das questões do estatuto profissional, um sindicalismo de espectro amplo, que conjuga a luta reivindicativa em torno de questões socioprofissionais com uma intervenção consistente ao nível do sistema educativo, no sentido da sua democratização. 

Propomo-nos continuar a pugnar por uma escola pública de qualidade para todos, na certeza de que a valorização da profissão docente é condição para a valorização da escola e da educação. [Adotamos] como orientadores da nossa atividade mais próxima, os cinco eixos que a Fenprof priorizou no início deste ano letivo, e que se encontram no centro do processo de luta em curso.

Continuaremos a seguir com atenção, a analisar criticamente e a pronunciar-nos sobre todas as orientações de política educativa emanadas dos órgãos de poder, nomeadamente pela nossa participação no seio da Fenprof, mesmo, ou até sobretudo, naqueles momentos em que tentam subalternizar a intervenção dos sindicatos.

Não deixaremos também de continuar a dar atenção às questões culturais, ambientais, da paz, de género, de humanismo e de solidariedade com outros povos e nações, assim como de continuar a intervir nas relações internacionais entre sindicatos, nomeadamente nas ligações transfronteiriças, entre outros aspetos consonantes com a nossa forma de estar no sindicalismo e na sociedade.

Sabemos que os tempos que temos vivido não são favoráveis à participação. Mas os sindicalistas estão habituados a remar contra a maré e por isso empenhar-nos-emos em incentivar a participação dos sócios do SPN na vida do seu sindicato e em promover uma efetiva renovação – cultural, geracional, de organização e funcionamento interno, reforçando regras democráticas na tomada de decisão e atraindo uma maior participação dos jovens – é com eles que os sindicatos podem renovar-se e preparar o futuro. 

Mas, como escrevia em setembro de 2016 João Rodrigues no Le Monde Diplomatique, esta solução política usou o travão de emergência para parar o comboio da história nacional que se dirigia ao abismo. E não é pouco, dizia, mas acrescentava que o comboio nunca para muito tempo - ou construímos outra linha sem destino traçado ou a marcha anterior prosseguirá com destino certo.”

E é neste contexto que os sindicatos têm a enorme responsabilidade de contribuir para dar força à construção dessa outra linha, e ao mesmo tempo, manter a janela de oportunidade que se abriu neste país em dezembro de 2015.

Combater injustiças e desigualdades é responsabilidade do sindicalismo progressista, unindo e juntando-se a todas as forças que, à semelhança de Rosa Luxemburgo, lutam por “um mundo onde sejamos socialmente iguais, humanamente diferentes e totalmente livres”.

Um grande abraço para todos e VIVA O SPN!

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