Violência e Indisciplina nas Escolas
Na passada sexta-feira, dia 28 de Novembro, uma professora da Escola EB 2,3 de Jovim, Gondomar, foi agredida a murro, estalada e pontapé por um aluno de 16 anos, só porque lhe chamou a atenção para a linguagem imprópria, usada nos corredores da escola.
A Direcção do SPN manifesta inteira solidariedeade a esta colega, considera intolerável a violência de que os professores são alvo no exercício da sua actividade profissional, e reafirma que urge tomar medidas que ponham cobro a estas ocorrências e garantam a imprescindível segurança no espaço escolar.
A indisciplina e a violência marcam hoje o dia-a-dia de muitas escolas e o quotidiano profissional de muitos docentes. São problemas que não podem ser ignorados, cujas causas radicam em profundas alterações no plano social e familiar, assim como no alargamento de fenómenos de marginalidade e pobreza na sociedade portuguesa.
O combate a estes fenómenos passa por medidas políticas mais gerais, que combatam as desigualdades sociais e melhorem as condições de vida dos portugueses, mas também pela criação de outras condições de trabalho nas escolas, nomeadamente turmas mais pequenas e equipas multidisciplinares, com psicólogos, assistentes sociais e outros técnicos, que possam, de forma sustentada, prevenir e resolver situações deste tipo.
Mas o agravamento da indisciplina e da violência também decorre do desrespeito pela profissão docente, e da sua desautoriação pública, veiculados pelo actual Governo e pela própria ministra da tutela.
É, por isso, igualmente urgente que o ME e o Governo invertam esta atitude desvalorizadora e desrespeitadora dos professores, incompatível com o reconhecimento da importância social da função que desempenham.
Porto, 29 de Novembro de 2008
A DIRECÇÃO DO SPN