VIOLÊNCIA CONTRA PROFESSORES EXIGE MEDIDAS URGENTES

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A ocorrência de mais uma agressão a um professor à saída da sua escola [Braga, 10 de Fevereiro] reconfirma a importância do alerta que o SPN tem vindo a fazer, desde há muito, para a escalada dos problemas de indisciplina e de violência que se registam nas escolas. Face à complexidade do problema, reiteramos a urgente necessidade de medidas preventivas e que o Ministério da Educação inverta a atitude desvalorizadora e desrespeitadora da função docente que sistematicamente vem demonstrando.

O Sindicato dos Professores do Norte (SPN) condena veementemente a agressão perpetrada contra um professor da EB2/3 Francisco Sanches por um familiar de um aluno, exigindo das autoridades competentes o apuramento de todas as responsabilidades.

O SPN expressa publicamente, por esta forma, a sua solidariedade com o professor agredido e com toda a comunidade educativa da EB2/3 Francisco Sanches e exige que o autor da agressão seja punido. E embora admitindo que não deve ser criado um clima de alarmismo em torno do problema, considera necessário que a opinião pública tome conhecimento desta realidade ? que fere o clima escolar e faz perigar o quotidiano profissional de muitos docentes.

Respostas têm que vir de cima. As causas para este fenómeno serão múltiplas e de ordem geral, reportando, designadamente, às profundas alterações sociais decorrentes do alastramento de situações de empobrecimento e marginalização verificadas no nosso país.

Mas também é evidente que a multiplicação destes episódios também tem a ver com a situação da profissão docente, diariamente desrespeitada e desvalorizada pela actual equipa do Ministério da Educação, que tem contribuído assinalavelmente para acentuar uma imagem negativa dos educadores/professores e do trabalho que realizam.

Para fazer face a este problema ? que não pode continuar a ser ignorado, ou subvalorizado ?, o SPN reafirma que são necessárias e urgentes medidas que garantam aos docentes a segurança imprescindível ao exercício da sua profissão. Medidas, essas, que passam pelo combate à desigualdade crescente e pela melhoria das condições de vida dos portugueses em geral, mas também pela Escola ? a este nível, desde há muito que o SPN defende, por exemplo, maior autonomia para as escolas poderem desdobrar turmas e trabalhar com grupos mais pequenos e a criação de equipas multidisciplinares, com técnicos que trabalhem de forma articulada na identificação de causas e respostas para as situações de indisciplina e violência.

12.Fevereiro.2009

A Direcção do SPN

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