Ministério da Educação continua a apostar no desrespeito pelos professores originando a degradação da situação nas escolas

O Ministério da Educação recusou as propostas que a FENPROF apresentou com o objectivo de alterar a situação de profunda insatisfação que grassa entre os docentes.

A reunião que decorreu no passado dia 15 entre a FENPROF e o ME tornou ainda mais claro que só a firme determinação dos professores e educadores obrigará a actual equipa do ME a reconhecer o que é óbvio e incontestável para todos os professores e educadores: a precipitação das medidas tomadas quanto aos horários dos docentes e aos "prolongamentos" no 1º CEB lançou as escolas num lamentável ambiente de crispação, de revolta e desânimo, em tudo oposto aos interesses dos alunos, dos professores e da escola. O Protocolo proposto pelo ME aos sindicatos, sendo já uma consequência da pressão reivindicativa dos professores, não passa de um conjunto de intenções vagas, que na prática não compromete o ME na alteração da situação anómala que se vive nas escolas, nomeadamente a que decorre da reorganização dos horários dos docentes.

A resposta só pode ser a de uma greve massiva e uma grande manifestação dia 18, que a FENPROF decidiu manter.

Está claramente em jogo a defesa da dignidade da profissão docente que o ME insiste em ofender e ultrajar.

Está claramente em jogo a definição do conjunto fundamental do Estatuto da Carreira Docente, cuja revisão global decorrerá durante o ano de 2006.

É imperioso responder de forma adequada ao absurdo que as escolas estão a viver por exclusiva responsabilidade do ME.