Greve às horas extraordinárias

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18 de novembro de 2021

Ministro de saída acordou para o problema da falta de professores. Entretanto, a Fenprof apresentou dados mais recentes sobre a escassez de professores e convoca greve às horas extraordinárias.

A julgar pelas declarações de Tiago Brandão Rodrigues na conferência de imprensa do ME desta quarta-feira, só agora é que o ministro da Educação parece ter-se apercebido que as escolas portuguesas se debatem com um gravíssimo problema de falta de professores. É lamentável que ao longo de 6 anos, o ME sempre tenha ignorado e desvalorizado este problema e só agora, que está de saída, aparente querer resolvê-lo com medidas que não passam de um “truque de ilusionismo”. 

Em conferência de imprensa, a Fenprof apresentou os dados mais recentes relativos à falta de professores nas escolas do país: neste momento, faltam preencher 394 horários, num total de 4200 horas, o que afeta diretamente mais de 20 mil alunos. Muitos dos 6739 horários que foram lançados a concurso pelas escolas desde 15 de setembro, foram preenchidos com recurso à distribuição de serviço docente extraordinário ou à contratação de candidatos sem habilitação profissional para a docência. 

Esta situação está a provocar uma enorme sobrecarga de trabalho nos professores que, ultrapassado o limite das suas capacidades, estão a ser empurrados para situações de baixa médica. Por isso, a Fenprof emitiu um pré-aviso de greve às horas extraordinárias, procurando proteger os professores e evitar o agravamento da situação de carência de docentes nas escolas portuguesas.

Ver declarações de Mário Nogueira e Vítor Godinho (Fenprof) 

Anexos

Greve às horas extraordinárias (cartaz) Pré-aviso de greve às horas extraordinárias Profesores em falta 16.nov

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