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Os sindicatos da Administração Pública afectos às duas Confederações Sindicais (CGTP e UGT) e o Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado (STE), convocaram uma greve geral de toda a administração pública para o próximo dia 30 de Novembro.

Esta convergência na acção fica a dever-se ao facto de o Governo não assumir negociações reais e de impor uma actualização salarial de 2,1% para o ano de 2008.

As propostas de actualização salarial apresentadas pelos sindicatos variam entre os 3,3% e os 5%.

Com esta imposição de 2,1% , um salário de 1.000 euros tem uma actualização de 21 euros, aos quais se devem deduzir os impostos! O Governo, generoso, «aumenta» o subsidio de refeição em oito cêntimos!

Esta imposição salarial é ainda mais dura para os trabalhadores quando se sabe que a progressão nas carreiras se encontra congelada desde o final de Agosto de 2005.

Já no ano passado (9 e 10 de Novembro) as três estruturas sindicais que representam os trabalhadores da administração pública se tinham unido numa paralisação conjunta.

A Frente Comum de Sindicatos da Administração Pública (CGTP), a Frente Sindical da Administração Pública (FESAP) e o Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado (STE) protestam e denunciam a forma como vêm ocorrendo as relações entre o governo e as organizações sindicais. O Ministério das Finanças limitou-se a anunciar, na «negociação», à partida a proposta de actualização de 2,1% e no encerramento a imposição de 2,1%.

As três organizações sindicais contam com uma decidida e forte adesão dos trabalhadores de toda a administração pública nesta greve. Com uma greve fortemente participada esperam ganhar maior força negocial.

DIC&I/spn