2002 — 1º de Maio

Sindicato dos Professores do Norte / FENPROF

DEFENDER E EXERCER OS DIREITOS
VALORIZAR O TRABALHO

1º Maio de 2002

O 1º de Maio mantém todo o seu significado e actualidade, 116 anos depois das grandiosas manifestações dos operários de Chicago pela jornada de trabalho de oito horas e da brutal repressão patronal e policial que sobre os manifestantes se abateu, o 1º de Maio mantém todo o seu significado e actualidade.

A sua fantástica força mobilizadora do 1º de Maio como que redobra nos momentos em quequando se acentuam os sinais dea preocupação e se intensificam os ataques aos direitos de quem trabalhados trabalhadores se concertam e intensificam.

Vivemos um desses momentos de preocupação! aA nível mundial, com a ofensiva das forças neoliberalis, conservadoras e belicistas.

Vivemos um desses momentos também eEm Portugal, com o regresso da direita política e financeira ao Governo. dos partidos da Direita e dos interesses económicos de que são intérpretes no plano político.

As promessas e os discursos salpicados , aqui e ali, de falsas preocupações sociais com que a Direita tenta mascarar a sua verdadeira face não escondem o carácter injusto e retrógrado do seu programa político.

Perspectivam-se grandes combates sociais.

Temos que estar atentos e preparados para lutar!

Temos de em defesa defender e pelo exercício exercer dos nossos direitos,! Temos de lutar pela valorização do trabalho!.

Vamos lutar, como Maio nos ensina.

Maio ensina-nos a vencerdiz-nos que venceremos, lutando por aquilo a que temos direito.

HÁ QUE AGIR COM CONFIANÇA E DETERMINAÇÃORAZÕES ACRESCIDAS DE APREENSÃO

A direita venceu as eleições.Não foi por mérito próprio que ganhou quem ganhou as eleições de 17 de Março. Foi antes por demérito alheio, pela progressiva perda de credibilidade política do anterior Governo, que se deixou aprisionar na teia dos interesses e estratégias do poder económico e financeiro.

Contudo,

Pelos que consta nos programas dos partidos do Governo,
pelos ministros que vêm do sector financeiro e são apóstolos das privatizações das funções sociais do Estado e do privilégio do lucro face ao social,
pelos anúncios que vêm fazendo de "medidas de grande violência" e do "apertar do cinto", como pelo que neles deliberadamente se evitou,
Os trabalhadores têm razões acrescidas para estarem apreensivos.

Com a vitória da direita, os patrões estão mais à vontade para impor os seus objectivos à política do país.

Esta não é a via capaz de consolidar e aprofundar o regime democrático, de resolver os problemas sociais do País, de garantir o desenvolvimento sustentado e o progresso de Portugal, de consolidar e aprofundar o regime democrático.

Com a vitória da Direita, os patrões estão mais à-vontade para fazer dos seus objectivos próprios a política do país.

A CGTP-IN promete agirá com determinação e confiança,!

Propondo e negociando, através da luta nas empresas e nos serviços, aatravés do diálogo, e da intervenção institucional, da luta nas empresas e nos serviços, tendo em vista a salvaguarda dos defenderemos os direitos individuais e colectivos dos trabalhadores e exigiremos políticas que valorizem o social e dignifiquem os trabalhadores!

Juntos lutaremos e pela construção de um futuro melhor para todos nós!.

Os trabalhadores portugueses têm direito a uma vida melhor.

Isso só será possível com uma política que:

Combata a fraude e a fuga fiscais e promova uma justa tributação da riqueza, resolvendo, por essa via, o défice orçamental;
Invista na inovação, organização e gestão das empresas e serviços públicos, bem como na formação e qualificação dos trabalhadores, para melhorar a produtividade e a competitividade da economia;
Valorize o sector produtivo, combatendo as práticas patronais chantagistas, e especulativas e fraudulentas;que aniquilam as empresas;
Dê combate à desregulamentação do trabalho e assegure efective os direitos laborais e sociais;
Resolva os problemas estruturais do ensino, da educação e da saúde, dando combate efectivo aos interesses privados instalados nessas áreas;
Modernize e reestruture a Administração Pública e o sector público, no respeito pelos direitos dos seus trabalhadores e como instrumento para o desenvolvimento económico, social e culturalpara melhor servir os cidadãos do país;valorize e promova a modernização do sector público, como instrumento para o desenvolvimento económico, social e cultural.
NO 1º DE MAIO,

VAMOS REIVINDICAREXIGIR RESPOSTAS ÀS NOSSAS REIVINDICAÇÕES

VALORIZAÇÃO DO TRABALHO
com menosSem precariedade, e com empregos de mais qualidade, com qualificação e formação ao longo da vida, igualdade de oportunidades e respeito pelos direitos individuais e colectivos;

MELHORES SALÁRIOS, aproximando-os da média europeia
35 HORAS, como limite máximo semanal
25 DIAS ÚTEIS DE FÉRIAS
FIM DA TRAGÉDIA DOS ACIDENTES DE TRABALHO e das doenças profissionais, com mais e melhor segurança, higiene e saúde nos locais de trabalho
DEFESA DA SEGURANÇA SOCIAL PÚBLICA E UNIVERSAL E SOLIDÁRIO, com o prosseguimento e consolidação da lei de bases da segurança social, com a implementação dos novos sistemas de financiamento e de cálculo, único caminho para assegurar prestações e pensões que garantam um adequado nível de vida.
MELHOR SERVIÇO PÚBLICO DE SAÚDE, sem privatizações geradoras de desigualdades
ESCOLA PÚBLICA DE QUALIDADE para todos e com todos.
JUSTIÇA FISCAL, justa tributação da riqueza
POLÍTICA DE IMIGRAÇÃO que garanta igualdade de tratamento entre os trabalhadores residentes portugueses e os trabalhadores imigrantes.
A SOLIDARIEDADE DO TRABALHO

CONTRA A GLOBALIZAÇÃO DO LUCRO

O 1º de Maio é uma festa planetária. É a manifestação global e solidária de todos os que fazem da Paz e do progresso social em todo o mundo e em cada país causa e campo de luta. Em todo o mundo e em cada país.

Estes objectivos mobilizam todos os anos milhões e milhões de cidadãos no mundo inteiro.

É esta a nossa resposta à selvagem globalização neoliberal!. É por aqui que vamos!.

Em 2002, o 1º Maio vai ser uma grandiosa acção sindical e de massas. Garantem-no as acções que temos desenvolvido, a confiança e os objectivos que perseguimos. O Fórum de Porto Alegre, a enorme manifestação sindical europeia de Barcelona e a impressionante resposta dos trabalhadores italianos a Berlusconi e à sua tentativa de alterar a legislação laboral dão-nosreforçam essa certeza.

Em vez de esmorecer, como alguns esperariam, a confiança dos trabalhadores fortalece-se, a unidade ganha terrenoreforça-se, a luta intensifica-se.

Viva o 1º de Maio!

Viva a solidariedade entre os trabalhadores do mundo inteiro!

Todos ao 1º de Maio da CGTP-IN.

Com a CGTP-IN, o Dia do Trabalhador será assinalado em todo o País com manifestações, desfiles, concentrações, comícios, encontros, espectáculos

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