Carvalho da Silva: "O sindicalismo faz falta"

Ainda no período da manhã do segundo dia dos trabalhos, o Secretário Geral da CGTP-IN falou ao 7º Congresso do Sindicato dos Professores do Norte. Manuel Carvalho da Silva abordou alguns traços da situação política, social e económica que afectam a sociedade  e o mundo do trabalho em Portugal.

Deixou também no auditório do Vila Flor uma mensagem de solidariedade do grande colectivo que é a CGTP-IN para com a luta dos professores e educadores. Falou das próximas jornadas, nomeadamente da manifestação nacional de 19 de Março, em Lisboa; alertou para as situações de precariedade, desemprego e pobreza no nosso país; e deixou um desafio a todos os Sindicatos que integram a Central para que "tomem a iniciativa" no âmbito da preparação do próximo Congresso da Inter (Janeiro de 2012). Um Congresso que "tem que afirmar o projecto da CGTP-IN em todas as suas dimensões", e que será também “um Congresso de mudança geracional em termos de direcção” da Central.

O combate ao desemprego e à precariedade em todos os sectores de actividade: no privado e em todos os subsectores da administração pública, será um dos grandes temas em foco na assembleia magna da Central, que abordará também a necessidade de efectivação do direito de contratação colectiva e dos direitos laborais e sindicais. O combate às desigualdades e à pobreza é outros dos temas,

O Congresso da Inter analisará também a defesa e do reforço de políticas sociais públicas que garantam o direito universal e solidário à saúde, ao ensino, à segurança social e à justiça; e a participação dos trabalhadores, a sindicalização, a unidade na acção a partir da base, a organização sindical, o rejuvenescimento do movimento sindical. As questões da organização e da acção sindical a nível europeu e internacional e a participação da CGTP-IN, serão também levadas ao grande encontro de Janeiro de 2012, como referiu o dirigente sindical.

Calorosamente aplaudido, Carvalho da Silva lembrou que "é a acção dos povos que possibilita a mudança" e que “temos que agir e criar esperança” face à ofensiva contra as conquistas sociais. Sublinhou a importância das lutas dos professores  e, observando a realidade nacional e internacional, destacou que "o sindicalismo faz falta".
"É precisa a luta dos professores e professoras", num quadro de "afirmação forte da democracia", realçou.

A situação dos jovens portugueses foi tema saliente da intervenção do dirigente sindical, que destacou a capacidade do movimento sindical na resistências às “doses cavalares de neoliberalismo”, afirmando a dado passo: “Vencendo medos e hesitações, temos que agir antes de perder”. / JPO

 

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