Declaração de Manuela Mendonça

DECLARAÇÃO

 

Saúdo todos os delegados que estiveram no Congresso empenhados na discussão dos documentos e no debate das propostas, mostrando que o que hoje é importante para os professores, e consequentemente para a sua organização mais representativa, é encontrar as melhores respostas para a construção de uma escola democrática e para a dignificação da profissão docente.

 

A consecução destes objectivos passa por derrotar as políticas deste Governo, de inspiração neoliberal, e por exigir do poder político o respeito pelos professores e educadores, assim como as condições e os meios necessários para enfrentar, de forma consequente, os graves problemas com que a escola portuguesa se confronta, fruto de décadas de desinvestimento e de uma grande instabilidade na definição e execução das políticas educativas.

 

Como lhes competia, os delegados ao Congresso elegeram os órgãos de direcção da FENPROF para os próximos três anos. Em democracia, a disputa eleitoral é salutar e quando há mais do que uma candidatura, há quem perca e quem ganhe. A outra candidatura ganhou, dispondo de mais 6 conselheiros do que a nossa no novo Conselho Nacional (constituído por um total de 113 membros), o que lhe permitiu eleger o novo Secretário-Geral.

 

Os princípios que estiveram na base do nosso projecto continuarão certamente a estar presentes na intervenção dos conselheiros e secretários nacionais eleitos por esta candidatura.

 

Quero deixar uma palavra de grande apreço e reconhecimento a todos os que, de uma forma ou de outra, estiveram comigo nesta candidatura e afirmar que foi para mim um privilégio fazer com eles esta caminhada.

 

Com esta candidatura, mostrámos que a FENPROF não é uma organização monolítica, mas sim um espaço plural, onde se cruzam perspectivas e sensibilidades diversas e que é nessa diversidade e heterogeneidade que reside a riqueza da profissão docente e da FENPROF.

 

Este processo foi marcado por algumas perturbações que não podem, nem devem, ser ignoradas e que, em devido tempo, deverão ser avaliadas, em nome da transparência, da verdade e da ética sindical. Mas independentemente do que está para trás, o tempo agora é de olhar para a frente.

 

Na intervenção de apresentação da candidatura, afirmei que: "Só aceitei o desafio de ser candidata a Secretária-Geral, porque o entendi, e entendo, como um desafio colectivo. Considero que nos sindicatos, como nas escolas e noutras organizações, os protagonismos individuais valem pouco. São os colectivos que fazem a diferença".

 

É em nome desse colectivo, a que me orgulho de pertencer, e do projecto que assumiu nesta candidatura, que reafirmo o meu empenhamento na construção de UMA FENPROF FORTE E COMBATIVA, capaz de prestigiar a educação, a escola e a profissão.

 

Porto, 21 de Abril de 2007

Manuela Mendonça

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