Fenprof reúne meio milhar de delegados e dirigentes sindicais (6/set)

06 de setembro de 2023 

5 e 6 de setembro foram dias em que a Fenprof reuniu o seu Conselho Nacional e os quadros sindicais com o intuito de preparar a intervenção sindical para 2023/2024, ano em que, devido à recusa do governo em desenvolver políticas de valorização da profissão docente, se sente, de forma cada vez mais grave, a falta de professores nas escolas. Num momento muito próximo da chegada dos alunos às escolas, já se percebeu que a falta de professores é problema que se agravará (a par da adoção de várias medidas para lhe fazer face que criarão acrescidas dificuldades) e em que o número de aposentações será o maior dos últimos 10 anos.

A ação a desenvolver pela Fenprof com os educadores e os professores não se esgota na marcação de lutas. Implica reflexão e debate com os docentes, construção de propostas para responder aos problemas e, claro, as formas de luta a desenvolver, caso o Ministério da Educação continue a rejeitar as propostas que recebe e a não abrir os processos negociais prioritários.

Foi neste sentido reuniu o Conselho Nacional (5/set) e o Encontro Nacional de Delegados e Dirigentes Sindicais (6/set) que contou com a presença de mais de meio milhar de representantes das escolas. Neste encontro, realizado na Voz do Operário (Lisboa), foi aprovada uma Resolução sobre a Ação Reivindicativa para o futuro próximo. No encerramento, o secretário-geral da Fenprof reforçou a necessidade de prosseguir a luta pela valorização da profissão, pois, apesar dos muitos objetivos alcançados, ainda há questões muito importantes por resolver.

Mário Nogueira lembrou que não se trata apenas da recuperação do tempo de serviço cumprido, mas da resolução das ilegalidades nos horários de trabalho dos professores, da criação de um regime específico de aposentação, do combate à precariedade, da eliminação das quotas e vagas para progressão na carreira, entre muitas outras questões a que o governo terá que dar resposta, de modo a valorizar a profissão, torná-la atrativa e, dessa forma, enfrentar o maior desafio que se coloca à Escola Pública atualmente: a falta de professores qualificados nas escolas.


  

  

  


  

Anexos

Encontro de Quadros — Resolução (6-set) calendário de luta (cartaz)

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