FENPROF saúda fim dos "exames da 4ª classe"

A FENPROF saúda  fim dos exames no 4.º ano de escolaridade.

Como a FENPROF afirmou em 2013, quando foram recuperados, pelo ministro de então, os “velhos exames da 4.ª classe”, estes, para além de serem um atropelo pedagógico, provocavam transtorno nos pais que eram obrigados a transportar os seus filhos para os locais onde se realizavam os exames e também na vida das escolas, com aulas a serem anuladas e muitos alunos, de outros anos de escolaridade, a permanecerem à porta das escolas até que terminasse o exame.

Este exame, disse-o ainda  a FENPROF, era um dos pilares da velha escola salazarenta que, mesmo antes do 25 de Abril de 1974, começou a ser enterrada. Uma escola que, então, como durante a anterior Legislatura, era marcada por: desvalorização dos currículos, distinguindo-se disciplinas ditas essenciais de outras; ausência de respostas gratuitas, educativas e socioeducativas, na escolaridade obrigatória; excessivo número de alunos por turma; horários de trabalho excessivos, tanto para docentes como alunos; desvio precoce de alunos para vias profissionais desvalorizadas; uma fraca ação social escolar, incapaz de contribuir positivamente para a igualdade de oportunidades. Acrescentou a FENPROF, em 2013, que os exames não acrescentam qualidade ao ensino; o que acrescentaria seria a melhoria das condições de trabalho nas escolas. Essa é uma afirmação que a FENPROF reitera neste dia.

Acabaram-se os “exames da 4.ª classe” e esse é um sinal positivo que a atual maioria parlamentar dá ao país, renovando a esperança de quantos acreditam numa Escola Pública Democrática, ou seja, de qualidade, gratuita, para todos e inclusiva.

O Secretariado Nacional
27/11/2015 


Parlamento aprova fim dos exames do 4.º ano

O parlamento aprovou esta sexta-feira (27/11/2015) o fim dos exames do 4.º ano de escolaridade, com os votos favoráveis do PS, do PCP, do Bloco de Esquerda, do PEV e do PAN. 

PSD e CDS-PP votaram contra os projetos de lei apresentados pelo Bloco de Esquerda e pelo PCP com vista à eliminação das provais finais do 1.º Ciclo, realizadas pelos alunos no 4.º ano de escolaridade. 


Os exames neste nível de ensino foram criados por Nuno Crato, enquanto ministro da Educação do governo de coligação PSD-CDS.

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