Após ronda pelos partidos, por que espera o Presidente?

Por que espera o Presidente?

Organizações sindicais de professores não compreendem a indisponibilidade do Presidente da República para a audiência solicitada há meses

Há alguns meses, as organizações sindicais de professores solicitaram ao Presidente da República uma audiência. Contudo, por falta de agenda, ela não se realizou. Mais recentemente, há cerca de um mês, as organizações sindicais reiteraram o pedido, porém, provavelmente, de novo, por dificuldades de agenda, o Presidente da República ainda não marcou a audiência solicitada.

As organizações sindicais não esquecem que, em 30 de junho de 2017, o Presidente da República afirmou, que “há outros heróis que estão a mudar Portugal, são os professores de Portugal…”. Se assim é, importa averiguar qual o motivo por que continua sem receber as organizações sindicais representativas dos professores portugueses.

(Ver comunicado das organizações sindicais)

Secretário-geral da Fenprof (27 de julho)

27 de julho de 2018

O Presidente da República não pode continuar a adiar  a reunião pedida pelos sindicatos de professores

Concluída esta importante ronda, fica, apenas a faltar uma reunião: com o Presidente da República.

É curioso que alguém que revela preocupação em relação a tudo o que se passa no país, continue a não encontrar espaço na sua agenda para reunir com os representantes legítimos de um setor profissional que tem desenvolvido uma forte luta em defesa da sua carreira e pela melhoria das suas condições de trabalho. Uma luta cujo impacto social tem sido relevante.

O Presidente da República que, por norma, está disponível para ouvir os portugueses, não pode continuar a ignorar os pedidos de audiência das organizações sindicais de educadores e professores, esperando-se que, para muito breve, marque a que tem vindo a adiar.


Balanço da ronda pelos partidos com representação parlamentar

Depois de reunirem com todos os partidos com representação parlamentar – PCP, PSD, BE, CDS-PP, PAN, PEV e PS –, as organizações sindicais de professores fazem uma avaliação positiva do conjunto de reuniões. Todas as direções partidárias reconheceram razão às razões dos professores, e não apenas em relação às questões relacionadas com a recomposição da carreira. Também aspetos como o desgaste dos profissionais e o seu envelhecimento mereceram um olhar preocupado da parte dos partidos políticos.


Organizações sindicais reúnem com os partidos com representação parlamentar

27 de julho – PS (Direção)

Os sindicatos de professores que, em conjunto, convergem na negociação e na luta em defesa da contabilização de todo o tempo de serviço cumprido pelos professores, reuniram hoje com a direção do Partido Socialista (PS). Desta reunião há assinalar, positivamente, o facto de o PS considerar que esta é uma questão que deverá ser resolvida no quadro da negociação entre o Governo e as organizações sindicais. No entanto,foi com preocupação que os sindicatos verificaram a ausência de uma posição clara do PS em relação à recuperação total do tempo de serviço que esteve congelado, ainda que, em momento algum, os dirigentes socialistas tenham afirmado ser contra essa recuperação total. As organizações sindicais reiteraram a intenção de apenas negociar o prazo e o modo de recuperar os 9 anos, 4 meses e 2 dias de congelamento.

Nesta reunião houve, ainda, a oportunidade para colocar outras questões relacionadas com os professores, como sejam o seu estado de exaustão emocional, o envelhecimento do corpo docente das escolas, o processo de municipalização que se avizinha e os novos currículos ou o regime sobre inclusão escolar. As organizações sindicais reafirmaram a necessidade de serem tomadas medidas que regularizem os horários de trabalho e de ser aprovado um regime específico de aposentação. Por último, manifestaram preocupações  relativamente à publicação tardia de diplomas legais importantíssimos para a organização e funcionamento das escolas, salientando preocupações sobre alguns aspetos daqueles diplomas: regime de inclusão escolar, currículos e regime de avaliação das aprendizagens e o despacho normativo de organização do ano escolar.


12 de julho – PEV (Manuela Cunha)


10 de julho – PAN (Reunião com assessores do deputado André Silva)


03 de julho – CDS (Assunção Cristas)


02 de julho – BE (Catarina Martins)


26 de junho – PSD (Rui Rio)


26 de junho – PCP (Jerónimo de Sousa)

 

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