Greve 6/out — Maioria das escolas encerradas!

07 de outubro de 2023

A Fenprof saúda todos os docentes portugueses que no dia 6 de outubro, a culminar a Semana Europeia dos Professores, realizaram e participaram na primeira greve nacional de grande abrangência em todo país, respondendo de forma determinada ao apelo que foi feito pelas suas organizações sindicais e dando um claro sinal de afirmação das suas justas reivindicações.

A Escola Pública de qualidade para todos é fundamental para o desenvolvimento da nossa sociedade. A Educação é o alicerce de uma nação, e a Escola Pública desempenha um papel vital nesse processo. Garantir que todas as crianças tenham acesso a uma Educação de qualidade é um imperativo moral e social. E nós, professores, desempenhamos um papel central.

A Fenprof orgulha-se da ação desenvolvida e da forma como a maioria dos docentes nela se têm envolvido. Uma luta por melhores condições de trabalho, pela recuperação do tempo de serviço e pela defesa de uma Escola Pública que seja um farol de conhecimento e igualdade para todos os nossos alunos.

Os educadores e os professores em luta são, assim, um exemplo para todos! A sua coragem e disponibilidade merecem todo o respeito e solidariedade!


06 de outubro de 2023

Uma greve muito forte! (80%)

De norte a sul, está a ser uma greve muito forte (80%), com muitas escolas encerradas, ou sem aulas (90%). É esta a resposta clara às políticas negativas do governo relativamente aos educadores e aos professores. "Esta greve é um sinal de que os professores não estão distraídos, não estão cansados, não estão desistentes e sobretudo estão muito atentos à proposta do Orçamento do Estado para 2024 que o governo irá apresentar a 10 de outubro". Caso o OE/2024 não inclua verbas para começar a dar resposta aos problemas das escolas, a luta dos docentes irá continuar

A lista de estabelecimentos sem aulas, hoje, 6 de outubro, é muito extensa. Mesmo em vários dos que se mantiveram a funcionar, os níveis de adesão dos educadores e dos professores não deixam dúvidas de que os docentes não toleram a forma como são destratados pelo primeiro-ministro, pelo governo e pelos ministros das Finanças e da Educação, bem como pela maioria absoluta do PS.

Na véspera do Dia Mundial do Professor, a maioria PS, na Assembleia da República (AR), decidiu manifestar o seu reconhecimento pela profissão docente chumbando todas as iniciativas parlamentares que visavam valorizar uma profissão que, a não ser valorizada, perderá ainda mais profissionais e não atrairá os jovens. A consequência será a crescente falta de professores qualificados nas escolas, que se repercutirá nas aprendizagens dos alunos. É por isso que a luta que os docentes travam é de todos os portugueses que, em significativa maioria, têm apoiado as justas reivindicações dos educadores e dos professores.

No primeiro dia da Semana Europeia dos Professores, António Costa veio rejeitar, mais uma vez, a possibilidade de se encontrar um modelo faseado de recuperação do tempo de serviço cumprido pelos professores, como se a quebra de equidade não fosse a que decorre da discriminação que sobre os professores se abate. Na véspera do Dia Mundial do Professor foi o grupo parlamentar do PS a chumbar todos os projetos (de lei ou de resolução) de iniciativa parlamentar que visavam dignificar e valorizar os profissionais docentes e, em alguns casos, também os não docentes.

Dada esta resposta de luta pelos educadores e professores, que compreenderam os motivos por que as suas organizações sindicais representativas – ASPL, Fenprof, FNE, Pré-Ordem, Sepleu, Sinape, Sindep, SIPE e Spliu – convocaram esta greve, aguarda-se, agora, a proposta de Orçamento do Estado para 2024 (OE/2024) que será entregue pelo governo à AR, no dia 10 de outubro. Ela ditará o que se irá passar a seguir. Se houver disponibilidade para iniciar, progressiva e faseadamente, a resolução de problemas que se arrastam e agravam pela falta de soluções, o Ministério da Educação contará com a inteira disponibilidade dos docentes e das suas organizações sindicais para dialogar e negociar. Caso continue a ser a ser um OE que passa ao lado da Educação e dos problemas das escolas e dos professores, a luta irã continuar, tão ou mais forte do que no ano letivo passado.

Cabe, pois, ao ME/governo optar! Infelizmente, os sinais que vão chegando não deixam os docentes otimistas. No entanto, se alguém pensa que a intransigência dos governantes levará os educadores e os professores a baixar os braços, está redondamente enganado. Os professores não toleram a desconsideração e o desrespeito a que têm sido votados, pelo que continuarão a lutar pela profissão, pela Escola Pública e por uma Educação de qualidade.

Alguns dados da Greve (país)


20 de setembro de 2023

Greve nacional dos educadores e professores (6/out)

Os educadores e professores exigem soluções e não toleram continuar a ver desvalorizada a profissão e agravadas as condições de trabalho. Por isso, as organizações sindicais convocaram uma greve nacional para o dia 6 de outubro, último dia da Semana Europeia dos Professores e dia seguinte ao Dia Mundial do Professor (5/out).

No texto do pré-aviso lê-se que “o governo continua a não atender às propostas das organizações sindicais de professores, que visam valorizar a profissão docente e melhorar as suas condições de trabalho”. Isto apesar de as sindicais de docentes terem demonstrado a “máxima disponibilidade para negociarem soluções para os problemas, aceitando a sua aplicação faseada quando as mesmas acarretem custos de maior peso”.

Face à constatação do Ministério da Educação e do governo não estarem abertos à negociação, rejeitando as propostas e a disponibilidade das organizações sindicais, esta greve “é um grito de alerta aos governantes, no sentido de mudarem a atitude que têm mantido até agora, de confronto com os professores”. 


Anexos

Concentração e Greve (cartaz) Pré-aviso de Greve (6/out) Dados da greve (17h)

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