VIOLÊNCIA E INDISCIPLINA NAS ESCOLAS - UMA REALIDADE A QUE URGE DAR RESPOSTA

 

             NOTA À COMUNICAÇÃO SOCIAL

 

                            VIOLÊNCIA E INDISCIPLINA NAS ESCOLAS

                                                UMA REALIDADE A QUE URGE DAR RESPOSTA

 

 

            A notícia recente de mais uma situação de violência exercida sobre um professor, agora numa escola do concelho de Matosinhos, reforça a preocupação pelo agravamento dos problemas de indisciplina e violência nas escolas.

 

            Na sequência de posições anteriores, o SPN reafirma que, apesar de não dever ser criado um clima de alarmismo em torno destes problemas, é urgente a tomada de consciência da opinião pública face a uma realidade que marca o dia-a-dia de muitas escolas e o quotidiano profissional de muitos docentes.

 

            O SPN considera que o acréscimo deste tipo de situações não pode ser desvalorizado, sob pena de se acentuar ainda mais o clima de insegurança e instabilidade profissional que atinge os professores. Nesse sentido, o SPN exprime a sua concordância com as preocupações do senhor Procurador-Geral da República, que veio a público, recentemente, afirmar ter como prioridade a investigação dos casos de violência escolar.

 

            Para o SPN, estamos perante um problema que não se pode ignorar, cujas causas radicam nas profundas alterações no plano social e familiar e no alargamento de fenómenos de marginalidade e pobreza na sociedade portuguesa, mas também no desrespeito e desvalorização da profissão docente, decorrente das políticas que têm vindo a ser levadas a cabo pelo actual Governo.

 

            Independentemente de estarmos perante um fenómeno com causas profundas e, como tal, a exigir respostas políticas, sociais e económicas de fundo, é urgente dotar as escolas de condições mais autonomia, turmas mais pequenas, equipas multidisciplinares com técnicos, psicólogos e assistentes sociais  que lhes possibilitem responder a estes fenómenos.

 

            Mas é igualmente urgente que o ME e o Governo invertam a atitude desvalorizadora e desrespeitadora dos professores que tem contribuído para a sua desqualificação e desautorização no exercício da sua actividade profissional.

 

 

Porto, 26 de Novembro de 2007

 

 

A DIRECÇÃO DO SPN

 

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