Nem carreira docente reposta, nem IP3 requalificado! (2/jul)

3 de julho de 2022

A Associação de Utentes e Sobreviventes do IP3 e a Fenprof promoveram, em 2 de julho (sábado), uma ação de protesto e denúncia da promessa incumprida de António Costa de requalificação do IP3, com as verbas da carreira dos professores e que reuniu várias dezenas de docentes e utentes desta estrada e terminou com uma marcha lenta pelo IP3.

A 2 de julho de 2018, o Primeiro-ministro inaugurava a primeira fase das obras de requalificação do IP3. Na altura, António Costa afirmava que a recomposição da carreira docente não poderia ser concretizada porque a verba era necessária para realizar as tão necessárias obras naquele troço rodoviário. Na cerimónia, anunciou-se um investimento de 134 milhões de euros para uma obra que devia estar terminada em 2022. A verdade é que, 4 anos volvidos, nem carreira docente reposta, nem IP3 requalificado. Por isso, várias dezenas de docentes e utentes do IP3 uniram-se este sábado numa ação de denúncia e de protesto: a contrainauguração do IP3, que contou com o contradiscurso do Senhor contra-Primeiro-ministro, o inevitável cortar de fita e terminou com uma marcha lenta pelo IP3.

Reportagem fotográfica de HB


O protesto nas televisões

SIC Notícias


RTP 1 


TVI


CNN (direto)


27 de julho de 2022

Contrainauguração da requalificação do IP3 (2/jul)

A Fenprof e a Associação de Utentes e Sobreviventes do IP3 irão promover uma ação de denúncia e protesto, no dia 2 de julho (sábado), assinalando o 4.º aniversário do anúncio de António Costa, em Penacova, de um investimento de 134 milhões de euros para uma obra que deveria terminar em 2022. Tal facto, obrigava o governo a optar pela requalificação do IP3, em detrimento da recomposição da carreira docente.

O investimento na requalificação do IP3

Passados quatro anos sobre tão célebre anúncio, os utentes — entre os quais docentes que utilizam diariamente o IP3 —, confirmam que a obra está quase toda por fazer, que os transtornos daí decorrentes se prolongam no tempo e que os índices de sinistralidade continuam a ser elevados. Do projeto então anunciado, apenas foi executada a 1.ª fase (adjudicada por 11.847,000€, ou seja, menos de 10% do valor previsto para toda a obra).

Admitindo que possa existir uma ideia errada sobre os motivos de tão baixo investimento na requalificação do IP3, os educadores e professores declaram que não realização do empreendimento não se deve a qualquer investimento do governo na profissão docente. A carreira docente mantém um corte de tempo de serviço entre os seis e meio e os dez anos e consequentes perdas remuneratórias anuais.

A contrainauguração do IP3

A ação de denúncia e de protesto passará pela contra inauguração da obra do IP3, às 11 horas, no local da Espinheira. Para além das velas de aniversário, haverá contra-discurso do senhor contra-primeiro-ministro, esclarecimentos de representantes das organizações promotoras do evento e o inevitável cortar de fita, para além da envolvente realização de outros atos normalmente associados a este tipo de cerimónias!

Inaugurada a obra, seguir-se-á uma visita ao IP3, especialmente ao troço Espinheira-Souselas, em caravana automóvel, a velocidade que permita apreciar devidamente o que foi feito, com destaque para a instalação do novo radar no início da descida do Botão. Poderão ocorrer, no decurso da marcha, algumas buzinadelas de utentes que decidam manifestar o seu contra contentamento, quiçá, o contra agradecimento pelo que for observado!

Paralelamente, será distribuído aos utentes um documento com a síntese das reclamações das entidades organizadoras, relativamente às condições e prazos de requalificação e duplicação do IP3, bem como à necessidade de recompor uma carreira e um estatuto remuneratório que em menos de duas décadas se desvalorizou cerca de 30%, sendo uma das principais causas da situação, hoje bem conhecida, de falta de muitos professores nas escolas.

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