Dia Mundial da Criança (1/jun)
01 de junho de 2025
Em 1 de junho comemora-se o Dia Mundial da Criança. A Fenprof recusa a hipocrisia dos discursos oficiais que falam em direitos, enquanto negam o essencial — uma educação pública que garanta a todas as crianças igualdade de oportunidades, dignidade e futuro. Uma educação pública gratuita, inclusiva e com qualidade. Há que passar das palavras aos atos! As crianças exigem ação!
No Dia da Criança, a Fenprof declara — quem nega às crianças o acesso pleno à educação pública está a negar-lhes o futuro! A Federação não aceita mais adiamentos, nem pactua com políticas que empurram a escola pública para a degradação. E promete estar onde sempre esteve — na linha da frente da luta por uma escola pública que respeite, proteja e valorize cada criança e quem nelas entrega a sua vida a educar. A infância não espera e os direitos não se suspendem, por isso, exige-se respeito, justiça e ação. A Fenprof reclama que se ponha fim a tantas palavras ocas e exige, no imediato, a concretização de medidas concretas, tais como:
— Creche gratuita na rede pública para todas as crianças.
O acesso à educação não pode depender da conta bancária dos pais, mas sim da assunção pelo Estado da sua função de prestador neste domínio que, no plano das suas responsabilidades sociais, é fundamental e deve ser uma prioridade. Continuar a empurrar as famílias para soluções privadas é perpetuar desigualdades e negar um direito fundamental.
— Professores para todas as crianças, em todas as escolas.
Continuam a faltar milhares de docentes. A precariedade, o vencimento baixo e as condições de trabalho insustentáveis afastam quem sabe ensinar. Como pode o país falar de qualidade na Educação se não garante sequer os professores necessários? É urgente conferir a necessária atratividade ao exercício da profissão docente.
— Uma escola verdadeiramente inclusiva exige recursos reais.
Psicólogos, técnicos especializados, apoios pedagógicos eficazes, turmas com dimensão humana — tudo isso continua a faltar. A inclusão sem meios é um engano, uma fraude. O país tem essa obrigação com cada uma das suas crianças e com a sociedade em geral.
— Condições de trabalho dignas para educadores, professores e alunos.
Há escolas em degradação, salas geladas no inverno e sufocantes no verão, cargas horárias absurdas, falta de pessoal não docente. Falar em bem-estar das crianças, enquanto se abandonam as escolas, é mentir ao país.