Sobre os Estatutos de Carreira do Ensino Superior: para que não restem dúvidas

1. São falsas quaisquer acusações que imputem responsabilidades à FENPROF, quanto a aspectos do processo de transição que, do nosso ponto de vista, são injustos e não conferem mais qualidade ao ensino superior politécnico.

 

2. Não pondo em causa a validade dos aspectos positivos para as soluções da futura carreira, os negativos, relacionados com o processo transitório, foram o motivo por que a FENPROF não assinou qualquer acordo com o Governo sobre esta matéria.

 

3. A FENPROF bater-se-á pela alteração do regime transitório negativo antes referido, considerando indispensável que o próximo Governo adopte, como prioritária, a resolução deste problema, uma vez que o actual já aprovou, em Conselho de Ministros, estes estatutos de carreira que mereceram o acordo, apenas, de algumas organizações de menor representatividade no sector.

 

4. A FENPROF já solicitou reuniões com todos os grupos parlamentares nas quais pretende apresentar as razões da sua discordância em relação ao regime transitório fixado, procurando a assunção de compromissos que levem a que, brevemente, na Legislatura que se iniciará dentro de poucos meses, este problema seja resolvido a contento dos professores, do seu emprego, da sua estabilidade e do melhor funcionamento das instituições de ensino superior.

 

O Secretariado Nacional da FENPROF


 

REVISÃO DOS ESTATUTOS DE CARREIRA DO ENSINO SUPERIOR


No dia 20 de Junho, o MCTES deu por encerrado o processo negocial relativo à revisão dos Estatutos de carreira dos docentes do ensino superior universitário e politécnico. Este processo negocial incluiu um período de negociação suplementar, requerido pela FENPROF, que, usando um direito que a lei lhe confere, procurou ainda que o MCTES respondesse positivamente a importantes reivindicações dos docentes que não tinham sido devidamente consideradas.

 

No balanço deste processo, e em particular das duas reuniões de negociação suplementar, o SPN valoriza o facto de o MCTES ter aceite diversas alterações propostas pela Federação, o que contribuiu para minorar os aspectos mais gravosos dos documentos iniciais. No entanto, e apesar de reconhecer a importância dos avanços verificados em algumas matérias, o facto de o Ministro não ter atendido a outras questões consideradas fundamentais pela FENPROF impossibilitou a assinatura de qualquer acordo.

 

No encerramento deste processo, a FENPROF deixou registada em acta a avaliação dos resultados que (não) foi possível obter em sede negocial, valorizando os aspectos positivos conseguidos pela acção dos professores e dos seus sindicatos, mas também identificando os aspectos negativos que a intransigência do MCTES não permitiu ultrapassar.

 

Relativamente a estes problemas, a FENPROF deixou claro que continuará a bater-se pela sua resolução, nomeadamente procurando obter compromissos que permitam que as propostas que defendeu e não foram contempladas venham, tão cedo quanto possível, a ser incorporadas nos novos Estatutos.

 

Nesse sentido, irá solicitar em breve reuniões aos partidos políticos concorrentes às próximas eleições legislativas, aos quais colocará a necessidade de garantir, entre outras questões, um regime mais justo de transição para os docentes do Ensino Superior Politécnico e para os leitores das Universidades, bem como ao reforço das condições de estabilidade de emprego e profissional (tenure) para todos os professores das carreiras.

 

22/06/2009


Pode saber mais informações no site da FENPROF

 

A Direcção do SPN

 

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